O que faria por um crivo?

Nunca mais fumarão um cigarro igual
Depois daquela difícil noite
Onde os amados cigarros de marca
Foram trocados por um potro da vida
Seus pulmões tão acostumados à fumaça
Já não agüentavam mais aquele ar puro
O que seria deles se não fosse a querida cerveja?
Mas a noite é longa e chega a um ponto
Que não se pensa mais em outra coisa
E alguém sai com a brilhante idéia
De catar cigarro no cinzeiro
Triste. Trágico. Terrível.
Se sentindo como mendigos atrás de uma refeição no lixo
Catavam um cigarro que tivesse duas ou três tragadas
O fim da noite. O fim do poço. O fim.
Ô cigarro!
Mas é nessas horas que aparece a verdadeira amizade
Achar um cigarro com apenas duas ou três tragueadas
E ainda ter a sensibilidade de pensar em repartir com os amigos
Lindo. Puro. Perfeito.
Uma demonstração de solidariedade
E o que aprendemos com isso?
Parar de fumar?
Não. Não sejam tão radicais!
Não fumar todos os cigarros até o filtro!
Nunca se sabe em qual churrasco de sábado
Na escuridão da madrugada gelada, vai lhe faltar crivo
Ô amigo cigarro!
Que enche pulmões;
Acelera neurônios;
E deixas as mãos inconfundíveis!
Viva! Aos dedos amarelos!
Viva! Ao crivo!
Viva! A verdadeira amizade!

Andressa Duarte

Esse deve ser o pior poema que já postei no blog! Não estou incentivando pessoas a fumarem (a não ser que morem em venâncio!) Essa é uma postagem para poucos, uma postagem especial para meus amigos da Sociedade anonima dos mamões!
Vocês foram uma das melhores coisas que me aconteceram esse ano! Foi uma puta sorte achar vocês! ^^ Um abraço bem apertado!
E não esqueçam! Mestre Mamão ama vocês, mesmo quando ouvem música ruim escondidos uahaha!
Assinado Musa do mamão. ¬¬'